Nunca imaginei que fosse encontrar meu caminho no meio de uma pandemia. Enquanto o mundo inteiro parecia paralisado, algo dentro de mim começou a se mover. Foi ali, entre gráficos, manchetes e incertezas, que percebi o poder de uma informação bem contada. Escolhi o jornalismo não por acaso, mas porque ele se mostrava essencial — a única ponte entre o caos e a clareza.

Sempre fui comunicativo. Desde cedo, percebi que as palavras têm força, e que há algo quase mágico em ouvir uma história e traduzi-la com sensibilidade. Mais do que informar, gosto de conectar, de provocar reflexões e, principalmente, de dar visibilidade a temas que, muitas vezes, são silenciados. Causas sociais não são apenas pautas para mim — são compromissos. Gosto de estar onde a mudança começa: na escuta, no olhar atento, na vontade de fazer diferente.

Entre as vivências da minha adolescência e as minhas de  hoje, deixo para trás não somente as histórias,  deixo versões antigas de mim. A cada nova experiência, fui me encontrando nas palavras dos outros, nas dores que não eram minhas, mas que poderiam ser. Hoje, sigo escrevendo porque acredito que contar histórias ainda é uma das formas mais bonitas de transformar o mundo.