Nos palcos da premiação, a conquista celebra o reconhecimento de uma luta e é um marco sobre o impacto do Jornalismo na comunidade
Na essência do jornalista reside o anseio pela informação. Mas, muito mais que informar, o profissional é norteado pelo dever de oportunizar espaços para debates de relevância social. Ao longo da história da Comunicação, já diziam as diversas teorias do Jornalismo que a imprensa define os assuntos que ecoam na sociedade. Ou seja, cabe ao jornalista trazer à tona temáticas que precisam ser discutidas, abrindo aspas para diferentes vozes. E esse é o princípio seguido pelos escritores por trás desse blog jornalístico, o “Abre Aspas: Citando a Pauta”.
Através desse pensamento, a redatora Mariele Santos, acadêmica do 5º período do curso de Jornalismo do Centro Universitário FAG, entrou na graduação com a ambição de direcionar olhares da sociedade para histórias que, constantemente, não recebem a devida atenção. Neste ano, o desejo de amplificar vozes ganhou forma de reportagem, intitulada como “Acessibilidade: uma luta incansável por um direito ignorado”.
As vozes presentes no texto foram conduzidas por Mariele, em um jogo de palavras que fundamentou-se em uma nobre missão: lutar pela inclusão das Pessoas com Deficiência (PCD). Com um exímio trabalho de curadoria, ouvidoria e, principalmente, exercício de sensibilidade, a redatora fez jus ao “Abre Aspas” e criou um ambiente para que vozes, geralmente silenciadas, possam reverberar e impactar a comunidade.
O reconhecimento da abordagem inclusiva e alinhada aos propósitos do Jornalismo foi recebido em uma premiação emocionante, realizada na última quinta-feira (20). A reportagem, escrita por Mariele, recebeu o título de melhor produção na categoria de Webjornalismo, da Mostra de Práticas COMFAG, entre as 28 reportagens inscritas, e foi considerada o melhor trabalho produzido no curso de Jornalismo, durante o primeiro semestre do ano, por meio do Prêmio Mário Lemanski.
A cerimônia de premiação foi festiva. Para Mariele, ler seu nome no telão no anúncio do vencedor, foi um sopro de motivação. “Olha onde posso chegar”, pensou. E o destaque da cerimônia foi um prêmio muito maior: a amizade. Todos os acadêmicos envolvidos no “Abre Aspas” celebraram a conquista junto de Mariele.
As pessoas que acompanharam a produção da reportagem, em especial, o professor Alcemar Araújo, sabiam o quanto ela ansiava escrever sobre a luta contra o capacitismo que não é de hoje e, infelizmente, continua entre nós. Ela contou com apoio e incentivo de seus colegas que auxiliaram na criação da pauta, revisaram o texto e, sobretudo, vibraram pela conquista.
Manifestar em forma de reportagem, uma luta que perdura anos, foi a melhor escolha de Mariele, que apresentou diferentes perspectivas, através da principal missão do projeto: abrir aspas. Não foi apenas uma reportagem, o texto “Acessibilidade: uma luta incansável por um direito ignorado” foi um grito em meio ao silêncio que reside na sociedade e que, inúmeras vezes, negligencia a questão da acessibilidade.
“Sei que há uma longa caminhada pela frente. Mas, ganhar esses dois prêmios impulsionou algo dentro de mim, trazendo mais um motivo para não desistir do meu futuro e dos nossos direitos. Assegurar acessibilidades a todos é uma luta incansável e eu jamais me cansarei de lutar pelo que é nosso”, declara Mariele.
Foi um dia incrível, uma mistura de emoções que não tem nem como explicar😻
Ver a Mariele ganhar essa premiação foi lindo, mas não apenas isso... Foi ver uma batalha, dentre tantas, ser vencida e, acima de tudo, poder estar junto para poder comemorar com ela, que é uma amiga tão importante para mim.
Você é sinônimo de força, superação e coragem, Mari. Parabéns pelo seu texto (que ficou lindo, aliás), parabéns por não se deixar calar pela sociedade capacitista e por ser quem você é, sempre! Eu te admiro muito. <3
Essa premiação é um marco para o Abre Aspas, para a Mariele e para todos os acadêmicos de Jornalismo. Parabéns!!! :D