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Abre Aspas: nos bastidores de um projeto que carrega a essência do Jornalismo

Por trás de cada produção, uma equipe de 28 integrantes busca transformar o mundo através do Jornalismo. Editorial escrito pelos editores-chefes do projeto

Abrir aspas é um ato nobre. É proporcionar espaço para histórias que, em muitos casos, estão ocultas na sociedade. Ao abrir aspas, o jornalista ilumina palavras que poderiam se perder no silêncio. É um ato de generosidade e empatia. É, em essência, a mais pura maneira de exercer o Jornalismo.

Em abril deste ano, o projeto “Abre Aspas: Citando a Pauta” ganhou vida. São mais de dois meses de trabalho, que contemplam produções jornalísticas para três plataformas: Blog, Tik Tok e Instagram. Contabilizando todas as mídias, somam-se 150 publicações. Muito mais que número, são mais de 150 histórias contadas para que vozes reverberem na comunidade.

Enquanto futuros jornalistas, a nossa missão é regida pelo lema: “Abre aspas, porque vozes querem falar!”. Assim, através do projeto, tivemos a oportunidade de explorar nossas habilidades jornalísticas, exercitando os ouvidos e, principalmente, a empatia. Cada pauta se materializou com uma combinação equilibrada entre técnica e sensibilidade.

Nesta data, celebramos o desenvolvimento do projeto que marcou o bimestre letivo da turma do 5º período do curso de Jornalismo do Centro Universitário FAG. Esse é um momento de comemoração, e não de encerramento. Pois, ao abrir aspas para tantas vozes, percebemos que o Jornalismo não se limita às páginas do blog ou às postagens nas redes sociais.

Portanto, celebramos não apenas as histórias já contadas, mas também as que ainda estão por vir. Enquanto houver vozes querendo falar, estaremos aqui para escutar, registrar e compartilhar.

Abre aspas e confira os bastidores desse projeto!



Por trás dos textos

Escrito por Rubia Inomata, editora-chefe do Blog

Catharina Alvarez. Amanda Enae, Alcemar Araújo, Ana Cecília Muxfeldt, Júlia Mourão, Rubia Inomata, Manuella Koehller, Maria Vitória de Oliveira e Jamily Matos (da esquerda para direita, parte superior e inferior) compõem a equipe que esteve à frente do blog do Abre Aspas | Foto: Bruna Dariva

Dizem que o Jornalismo é a arte de sintonizar as pessoas. No Abre Aspas, não foi diferente. A cada texto publicado no blog, inúmeras aspas foram abertas para que vozes reverberassem na comunidade, sintonizando nossos leitores aos personagens de cada história contada. Ao todo, foram mais de 70 textos escritos, que foram publicados em 68 dias consecutivos. Ou seja, por mais de dois meses, foram compartilhadas diariamente diferentes histórias de vida.

Mas, voltando no tempo… desde a idealização, o projeto já carregava consigo uma certeza: a criação de um blog jornalístico. Enquanto requisito obrigatório para a disciplina de Webjornalismo, nós, acadêmicos do 5º período, assumimos a responsabilidade de criar uma página na web dedicada a produções jornalísticas.

Desenvolver um blog “do zero” parece uma tarefa muito difícil. E, de fato, é. Idealizar um nome, criar a identidade visual que traduzisse em cores e formas a missão do projeto e, acima de tudo, desenvolver um “lar” para todos os textos que fossem escritos, não é uma tarefa simples, quem dirá fácil! Porém, juntos, com mais de 28 mentes integrando uma só equipe, eu diria que o trabalho não foi facilitado… mas sim, mais prazeroso.

Quando o processo criativo é feito em conjunto, mais ideias surgem. E foi assim, em equipe, que o blog foi caminhando para o que hoje podemos considerar como um espaço de oportunidades. O blog jornalístico “Abre Aspas: Citando a Pauta” não apenas oportunizou espaço para que vozes reverberassem, como também oportunizou o exercício da sensibilidade.

Os bons (e verdadeiros) jornalistas são dotados de extrema sensibilidade. Por aqui, todos os escritores que contribuíram para o sucesso do blog foram sensíveis e empáticos ao conduzirem narrativas envolventes e profundas. Mas, para que essas histórias fossem escritas, aprendemos que um bom texto precisa ser feito, reescrito e passado por inúmeras mãos, a fim de construir um texto que dialogasse com um público ainda maior.

Seguindo esse princípio, o blog Abre Aspas contou com uma equipe completa, composta por redatores, pauteiros, revisores e editores. O funcionamento desta plataforma deu-se tal qual um veículo de comunicação, onde existe um sólido fluxo de trabalho que precisa respeitar os prazos e os padrões de escrita estabelecidos no início do projeto. E, pensando em somar ainda mais às publicações, produzimos o “Manual de Redação Jornalística - Abre Aspas”, um guia definitivo de escrita jornalística que contemplou dicas e bons exemplos de textos a serem seguidos.

Por trás de cada texto escrito no blog, existem vozes que, muitas vezes, foram silenciadas. Por trás de cada texto, existe não apenas um redator, mas uma equipe de acadêmicos de Jornalismo dotada de ética, sensibilidade e vontade de transformar o mundo através das palavras.

Agora, depois de cada texto publicado, deixamos como legado histórias para serem lembradas para sempre. E, certamente, mais aspas serão abertas, porque esse não é o fim. Vida longa ao Abre Aspas!


Por trás dos vídeos

Escrito por Jaqueline Alves e Krisagon Murilo, editores-chefes do Tik Tok

Willian Oliveira, Alcemar Araújo, Francieli Baumgarten, Jaqueline Alves, Krisagon Murilo, Mariele Cardoso, Brenda Ercolani, Maria Vitória de Oliveira e Kettlyn Duben (da esquerda para direita, parte superior e inferior) compõem o time que trabalhou no Tik Tok do Abre Aspas | Foto: Bruna Dariva

Entre a linha tênue de viralizar e informar, está o Abre Aspas. Como não obter sucesso em um projeto que brilhantemente bem oportunizou que vozes pudessem reverberar da mais bela maneira, em diversos formatos, de diversas formas?

Através da ring light, contamos diversas histórias e narrativas envolventes, com uma pitada de humor jornalístico impecável, que sem dúvidas entregou a essência dos acadêmicos do 5° período.

Como em uma música, a redação foi criando forma. O sentimento que cresce através do coração já surgia, no fundo… a melodia cantava em um volume mínimo, mas o suficiente para que a criatividade a envolvesse. Assim surgia o Abre Aspas. A ansiedade de vê-lo pronto surgiu em nossos corações antes mesmo que pudéssemos produzir o primeiro texto, o primeiro post e o primeiro vídeo. A melodia que se fazia presente era a voz do Mestre Alcemar em nos desafiar a escrever uma bela partitura, das mais belas sinfonias musicais, através de uma reportagem, afinal, citar o texto era apenas uma das centenas notas musicais descritas na nossa partitura.

A sinfonia tomou forma, todas as equipes designadas passaram a produzir os primeiros detalhes para compor o projeto, e através do Tik Tok, foram apresentados em formatos de vídeo uma pequena amostra das obras de arte disponíveis no blog, em sua essência audiovisual que transmite através das imagens o que o texto publicado contava através da escrita.

De toda forma, todos os acadêmicos depositaram no projeto, entre aspas, todo o amor pela profissão que estamos trabalhando para exercer com êxito no futuro.

Desde a criação do projeto, tudo aquilo que nos foi repassado foi de fato desafiador, mas nossa redação mostrou que juntos somos uma só voz dentro do mais belo texto, de diferentes perspectivas,  mas juntos e preparados para contar mais uma bela história.

-Jaqueline Alves


Um trabalho em grupo nunca é fácil. Em um grupo de mais de 20 pessoas? Há quem ache impossível, mas a equipe do Abre Aspas discorda.

Uma classe tão apta ao Jornalismo e que o entrega com a dose certa de entretenimento, fez com harmonia o trabalho de um perfil no Tik Tok que cativou o seu  público. Quem assistiu aos vídeos, se emocionou, sorriu, chorou, arregalou os olhos ao descobrir algo novo em meio a tanto conhecimento. 

Mas, o sentimento que os vídeos passam é como uma espada de dois gumes: a mensagem atinge o espectador, mas antes disso, perfura o coração de quem a produz. A necessidade de se adaptar a temas e formatos, cumprir prazos, exercer uma função que não é a sua, exige compromisso. 

Nós construímos pontes para que histórias chegassem a um lugar em que as fontes jamais imaginariam. Derrubamos muros que impediam pessoas invisíveis de serem vistas. Apesar do nosso nome escrito, nós não somos os protagonistas desse emaranhado de desabafos, ensinamentos e vivências. 

Esse projeto subiu uma ladeira íngreme para que pudesse funcionar em todos os aspectos. E como diz o primeiro parágrafo do meu texto, houve quem achasse impossível funcionar. Mas Mano Brown, um dos grandes contadores de história do Brasil, disse:

“Pode rir, ri mas não desacredita não”.

Dentre tantas coisas que passamos em meio a esse trabalho, acima de tudo, nós persistimos, para que pudéssemos manter vivas as chances de pessoas silenciadas ganharem voz. 

Somos porta-vozes de quem nunca foi ouvido. Os esquecidos lembram de nós porque nos lembramos dos esquecidos. Vida longa ao Abre Aspas!

-Krisagon Murilo



Por trás dos posts e stories

Escrito por Thauana Marin, editora-chefe do Instagram

Eduardo Romani, Leonardo Maciel, Vinícius Schmitt, Maria Eduarda Klok, Laura do Valle, Sthefani Maia, Sabrina de Andrade, Thauana Marin e Alcemar Araújo (da esquerda para direita, parte superior e inferior) compõem a equipe responsável pelo Instagram do Abre Aspas | Foto: Bruna Dariva

Nas primeiras semanas do quarto mês do ano, recebemos o desafio de publicar um reels para anunciar a chegada do abre aspas. A responsabilidade nos preocupou; sabíamos do tamanho das expectativas para a página do Instagram. Em conjunto, pensamos em todos os caminhos possíveis para elaborarmos o vídeo. Enquanto isso, crescia o desejo de destacar o projeto em meio a tantos outros que são desenvolvidos na graduação.

Em uma soma de ideias, similar a um quebra-cabeça, encontramos o mapa para chegarmos ao destino desejado. Roteiro pronto, agora a missão era gravar. E foi naquela noite de gravação com os participantes da equipe do Instagram que percebi que todo planejamento se materializaria em conteúdos ricos, os quais abririam aspas para inúmeras vozes. No dia 21 de abril, a turma prestigiou o primeiro vídeo do projeto. Desde então, somamos quase 40 publicações (e contando…).

Inicialmente, encaramos o abre aspas como um desafio. Porém, antes que nos déssemos conta, o projeto se provou ser uma oportunidade de aprendizado — muito além do Jornalismo, os integrantes do grupo progrediram em aspectos como trabalho em equipe, organização e gestão do tempo.

Cada conteúdo carrega particularidades que se escondem nos bastidores e que fazem parte da rotina de quem trabalha com a comunicação. Por exemplo, a agilidade ao elaborar a publicação em solidariedade ao Rio Grande do Sul; a dedicação intensa no momento de abordar temas sensíveis (como homofobia e bullying); e o esforço que as edições dos vídeos exigiram, especialmente nas publicações de Matrix e Star Wars.

Para vencermos esses obstáculos e outros que surgiram ao longo dessa jornada no Webjornalismo, contamos com o apoio contínuo do grupo. A disponibilidade para ajudar e o respeito para ouvir tornaram a equipe ainda mais unida e fomentaram o progresso constante das produções, as quais, sem dúvidas, refletem o alto padrão de qualidade dos conteúdos do projeto.

“Precisamos desenvolver uma página com aspecto profissional”.

Essa foi a ideia transmitida ao grupo do Instagram quando começamos a produzir os materiais. Em pouco tempo, o que era imaginação se transformou em realidade. O resultado simboliza o quão criterioso foram os bastidores. Exigências como prazos e qualidade técnica faziam parte da rotina dos acadêmicos (a experiência não foi muito distante do mercado de trabalho).

Acredito que tenha sido esse o motivo do destaque do abre aspas. A iniciativa superou os limites acadêmicos e alcançou um público amplo, interessado em ouvir e em conhecer. Os espectadores da página são curiosos. E como quase jornalistas, curiosidade é nosso sobrenome. Mas a curiosidade jornalística supera o comum: envolve pesquisa, entrevista e uma redação cuidadosa, que transmite a mensagem de forma clara (sem dubiedade; com certezas). Por isso, o abre aspas se sobressaiu no meio digital.

Eu definiria toda trajetória de desenvolvimento dos materiais em uma só palavra: união. O time - formado por pauteiros, redatores, revisores, designers e social media - brilhou durante esses mais de dois meses divulgando conteúdos notáveis, contando histórias e abrindo aspas. Cada um encontrou sua função e a exerceu com excelência.

Certamente, o projeto contribuiu para o crescimento de todos os integrantes. Que essa transformação continue sendo refletida em outras atividades e, inclusive, no abre aspas… Isso mesmo: por aqui, não existe ponto final!


Ao Mestre, com carinho...

Escrito pelos eternos discípulos do professor Alcemar Araújo

Uma dedicatória ao professor Alcemar Araújo | Foto: Bruna Dariva

Não podemos falar sobre o projeto Abre Aspas sem mencionar o apoio do mestre e professor Alcemar Araújo. Orientando com muito carinho e conduzindo os alunos em uma jornada de descobertas pelo Jornalismo, o professor fez-se presente a cada etapa e a cada aspa aberta durante esses mais de dois meses de produções.

Impossível não descrevê-lo com a palavra “amor”. Amor pela sala de aula, amor pelo Jornalismo e amor pelo projeto. Todos os textos, vídeos e posts passaram pelo seu exímio olhar jornalístico, que é exemplo da perspicácia e excelência de um bom comunicador. Consequentemente, podemos considerar todas as produções como bem-sucedidas graças à sua orientação e zelo em entregar trabalhos de extrema qualidade.

Professor Alcemar, agradecemos imensamente por nos apresentar a essência do Jornalismo e por nos inspirar a seguir em uma jornada brilhante nessa profissão.


Assinado: 5º período de Jornalismo (2024)


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